Branqueamento maciço de corais no mundo alerta agência americana sobre expansão e piora devido às recordes de temperatura nos oceanos.

A expansão massiva do branqueamento de corais em todo o mundo tem trazido preocupações crescentes. O aumento das temperaturas dos oceanos tem desencadeado um recorde de branqueamento de corais, de acordo com informações divulgadas por uma agência governamental americana.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) destacou que este é o quarto episódio de branqueamento de corais desde 1998 e está se alastrando por 62 países. Derek Manzello, coordenador do programa da NOAA, expressou sua preocupação com a situação dos recifes de coral ao redor do mundo.

Nos últimos meses, nove países adicionais relataram casos graves de branqueamento de corais, incluindo a Índia e o Sri Lanka. Este evento global tem afetado 60,5% da superfície total dos recifes nos últimos 12 meses, atingindo um recorde anual.

Apesar disso, o evento anterior entre 2014 e 2017 ainda é considerado o pior em termos de impacto cumulativo e duração. A expectativa é de que o episódio atual persista e se intensifique, chegando a novas áreas durante o verão no hemisfério norte.

Regiões como o Caribe e a Grande Barreira de Corais, na Austrália, já estão sentindo os efeitos do aumento das temperaturas dos oceanos. A Tailândia fechou o acesso à ilha Pling e ao parque nacional costeiro da Ilha Phuket para proteger os recifes da região.

Manzello ressaltou a ligação direta entre as mudanças climáticas e o branqueamento de corais. O calor extremo nos oceanos, especialmente no Oceano Atlântico, tem sido decorrente das alterações climáticas e tem impactado diretamente a saúde dos recifes.

O ano de 2023 foi o mais quente registrado até agora, influenciado pelas mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño. A NOAA prevê a chegada do La Niña para o verão ou outono, o que pode trazer mudanças no padrão de temperatura dos oceanos e impactar os recifes de coral de forma positiva.

A agência também alertou que 2024 ainda tem 61% de chances de superar o ano anterior como o mais quente já registrado. A compreensão total das consequências do branqueamento de corais exigirá tempo, mas é essencial agir com urgência para preservar esses ecossistemas vitais para a vida marinha.

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