A interrupção do envio desses carregamentos de bombas, incluindo aquelas de 2.000 libras (907 kg) e 500 libras (226 kg), foi uma decisão tomada em um momento delicado, em que os Estados Unidos, principal aliado militar de Israel, se opõem a uma grande ofensiva das tropas israelenses na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Apesar de a medida votada pelos republicanos na Câmara dos Representantes ter poucas chances de se transformar em lei, devido à maioria democrata no Senado e ao possível veto de Biden, a norma visa impedir o presidente de congelar qualquer ajuda militar aprovada pelo Congresso para Israel.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, afirmou em comunicado que é fundamental para o governo de Biden apoiar Israel imediatamente. Enquanto isso, o governo israelense anunciou que intensificará suas operações terrestres em Rafah, apesar dos apelos da comunidade internacional para proteger a população civil.
Os republicanos argumentam que Biden não tem o direito de interferir na campanha militar de Israel, enquanto os líderes democratas veem a votação como uma tentativa partidária de interferir nas prerrogativas do presidente em conduzir a política externa. Ainda assim, 16 representantes democratas apoiaram a iniciativa republicana, desafiando o presidente.
A suspensão determinada pela Casa Branca afeta apenas uma parte do material militar fornecido pelos EUA. O governo Biden informou que entregará um pacote de armas no valor de US$ 1 bilhão retirado de um pacote de ajuda aprovado recentemente em apoio à defesa de países como Ucrânia, Israel e Taiwan.
Em meio a essa polarização política e geopolítica, a votação no Congresso dos Estados Unidos reflete a complexidade das relações internacionais e os interesses divergentes envolvidos. A questão do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza continua sendo um desafio para a comunidade internacional, que busca soluções para um cessar-fogo duradouro e a proteção dos civis afetados pela violência.
