Chuvas e enchentes afetam todas as famílias quilombolas do Rio Grande do Sul; 15 comunidades estão isoladas e acessíveis apenas por barco ou helicóptero.

As fortes chuvas e enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul afetaram gravemente as cerca de 6,8 mil famílias quilombolas que vivem na região. De acordo com a Coordenação Nacional da Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), quinze comunidades quilombolas estão completamente isoladas devido aos impactos das chuvas.

O coordenador da Conaq na Região Sul, José Alex Borges Mendes, relatou que muitas famílias perderam suas casas e estão abrigadas na casa de parentes ou amigos. Além disso, muitas estradas nas comunidades afetadas estão danificadas, tornando o acesso extremamente difícil.

José Alex, que é do quilombo de Armada, localizado no município de Canguçu, destacou a situação crítica vivida pelas comunidades quilombolas. Ele mencionou que as condições de acesso à luz, água e alimentos estão complicadas e que muitas das comunidades estão enfrentando oscilações na distribuição de energia.

A comitiva gaúcha de quilombolas, que se preparava para participar de um evento em Brasília, acabou não comparecendo devido às condições climáticas desfavoráveis. Em nota, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) informou que está monitorando a situação das comunidades quilombolas e que tem articulado o envio de cestas básicas e outros itens essenciais para as regiões impactadas pelas chuvas.

José Alex ressaltou que as comunidades quilombolas estão se mobilizando para ajudar umas às outras e que as famílias que perderam suas casas estão recebendo apoio para lidar com a situação. A solidariedade tem sido fundamental para minimizar o impacto emocional causado pela perda das moradias.

Em meio a essa situação desafiadora, a comunidade quilombola do Rio Grande do Sul busca unir esforços e contar com a ajuda de doações externas para enfrentar as consequências das enchentes e garantir a sobrevivência e o bem-estar das famílias afetadas.

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