Emilie Cuéllar foi vista pela última vez em 28 de julho de 1982, após deixar seus filhos no jardim de infância, de acordo com informações divulgadas pela Corte IDH em comunicado. Seu pai e a empregada foram retirados de sua residência na mesma noite e desde então o paradeiro dos três desaparecidos é desconhecido.
A Corte ressaltou que os desaparecimentos forçados destas três vítimas estão dentro do padrão de crimes cometidos durante o conflito armado interno em El Salvador. Emilie Cuellar era ativa em movimentos cristãos desde 1975 e trabalhou como secretária do Escritório de Auxílio Jurídico Cristão entre 1979 e 1980, criado pelo padre jesuíta Segundo Montes.
No contexto da guerra civil que assolou El Salvador, cerca de 75.000 pessoas perderam suas vidas e aproximadamente 7.000 desapareceram, causando danos consideráveis à economia do país. Como parte das medidas de reparação determinadas pela Corte IDH, El Salvador foi solicitado a investigar o paradeiro e a busca dos restos mortais das vítimas, bem como oferecer apoio às famílias afetadas.
Além disso, a Corte exigiu uma maior diligência nas investigações judiciais em andamento, garantindo que os responsáveis sejam levados à justiça. O objetivo é proporcionar atenção física e mental às famílias das vítimas e estabelecer mecanismos para evitar a repetição de tais violações de direitos humanos. Esta decisão representa um avanço significativo na busca pela verdade e justiça em El Salvador.