O Rio Taquari registrou uma enchente de 33 metros, ultrapassando o recorde de 150 anos em quatro metros, de acordo com a MetSul, agência de informações meteorológicas do estado. A força da água arrastou tudo o que estava em uma faixa de até 150 metros das margens do rio, incluindo casas, árvores, postes, veículos, animais e até pessoas, um cenário que se assemelha aos estragos causados por um furacão de categoria 5, com ventos de 300 km/h a 400 km/h.
Na última segunda-feira, uma nova enchente atingiu a área já devastada, alcançando quase 28 metros. Isso fez com que algumas escolas retomassem a suspensão das aulas, já que quatro colégios foram completamente destruídos e outros dois sofreram danos consideráveis. A prefeitura organizou cerca de 800 alunos em abrigos e outros locais para continuar as atividades escolares.
Diante da situação desoladora, a cidade de Pomerode, em Santa Catarina, que possui laços fraternais com Cruzeiro do Sul, se mobilizou para ajudar na reconstrução. Uma comitiva visitou as áreas afetadas e ficou chocada com a cena de devastação. O prefeito João Dullius declarou que medidas estão sendo tomadas para adquirir ou desapropriar uma área onde os moradores possam reconstruir suas casas com segurança para evitar novas tragédias.
O foco da prefeitura é agir rapidamente para proporcionar conforto e esperança às famílias que perderam tudo na enchente. A prioridade é evitar que a população retorne a construir em locais de risco para novas inundações, garantindo a segurança e o bem-estar dos moradores de Cruzeiro do Sul. A reconstrução demandará esforço conjunto e apoio mútuo para superar esse triste episódio na história da cidade.
