Estados Unidos proíbem exportação de produtos de 26 empresas chinesas acusadas de utilizar trabalho forçado em Xinjiang.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (16) a inclusão de 26 empresas chinesas do setor têxtil em sua lista de companhias às quais a exportação para o país é proibida. Essas empresas são acusadas de utilizar algodão proveniente de Xinjiang, em conformidade com a lei de prevenção do trabalho forçado contra os uigures.

A lei, conhecida como UFLPA, está em vigor desde o final de 2021 e tem o objetivo de garantir que as empresas americanas não financiem atividades baseadas no trabalho forçado dessa minoria muçulmana da China. As 26 empresas sancionadas não têm sede em Xinjiang, mas são acusadas de se abastecerem com algodão produzido na região do extremo oeste da China.

O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos divulgou um comunicado afirmando que a inclusão dessas empresas na lista tem como propósito “melhorar a transparência e garantir que as companhias responsáveis possam verificar suas redes de abastecimento e assegurar que não incluam produtos derivados do trabalho forçado”.

O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, declarou que o anúncio fortalece a aplicação da UFLPA e exige que as empresas verifiquem a origem de seus produtos para evitar que aqueles resultantes de trabalhos forçados ingressem nos EUA. Ele também ressaltou que irão cumprir a lei no setor tecnológico e responsabilizar a China por sua exploração e abuso do povo uigur.

A presidente do Conselho Nacional de Organizações Têxteis, Kim Glas, recebeu com satisfação o anúncio, considerando-o um passo importante. Esta decisão dos Estados Unidos evidencia a importância de garantir que as cadeias de abastecimento respeitem os direitos humanos e estejam livres de trabalho forçado.

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