A pesquisa, conduzida por Selma Kronsteiner-Gicevic e Tilman Kühn, da Universidade de Viena, mostrou que indivíduos que adicionam sal sempre ou com frequência à comida pronta têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer de estômago em um período aproximado de 11 anos, em comparação com aqueles que raramente ou nunca utilizam sal extra. Os resultados foram ajustados levando em consideração fatores demográficos, socioeconômicos e de estilo de vida.
Segundo Kronsteiner-Gicevic, a associação entre o consumo de sal e o câncer de estômago já é conhecida, e os dados do estudo reforçam a importância de conscientizar a população sobre os riscos do excesso de sal na dieta. O oncologista clínico Duilio Reis Da Rocha Filho ressaltou que, apesar da queda no número de casos do tumor após a redução do uso de sal para a conservação de alimentos, houve uma estabilidade nos últimos 20 anos.
Os especialistas alertam que o sal em excesso pode causar um processo inflamatório intenso na mucosa do estômago, levando a uma multiplicação desordenada de células, o que pode resultar no desenvolvimento de câncer de estômago. Além do sal, o câncer gástrico pode estar relacionado a outras causas, como questões genéticas, tabagismo e álcool.
Os médicos recomendam a diminuição do consumo de sal, pressionando a indústria alimentícia a reduzir a quantidade de sal nos alimentos ultraprocessados. Também incentivam a retirada do saleiro da mesa e a escolha de refeições preparadas com a quantidade mínima de sal necessária. A conscientização sobre os perigos do excesso de sal na alimentação é essencial para a prevenção do câncer de estômago e outras doenças associadas ao consumo desse condimento.
