Essa aprovação permite o uso de Direitos Especiais de Saque (DES) para a compra de instrumentos de capital híbrido emitidos por instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Africano de Desenvolvimento. O objetivo é facilitar a transferência de recursos dos países ricos para os mais pobres.
Em 2021, uma emissão de US$ 650 bilhões em DES pelo FMI teve um impacto limitado devido a entraves burocráticos e ao fato de que a maioria dos recursos foi alocada para países ricos que não tinham necessidade imediata desses fundos.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou que essa decisão do FMI possibilitará destinar US$ 20 bilhões em DES para financiar projetos ambientais e de combate à pobreza. Além disso, os bancos de desenvolvimento poderão alavancar esse montante em até quatro vezes, em média.
Goldfajn ressaltou a importância dessa medida, pois permite uma maior alavancagem de recursos. Ele enfatizou que, embora os maiores clientes sejam países como Brasil, México e Argentina, os países menores também desempenham um papel fundamental, uma vez que permitem assumir maiores riscos.
O BID ainda está avaliando quais países estarão dispostos a disponibilizar seus DES para esse novo canal de financiamento. No entanto, já houve manifestações de apoio de nações europeias e do Japão à iniciativa.
Essa iniciativa do FMI é vista como um passo importante para fortalecer a cooperação internacional no enfrentamento de desafios globais, demonstrando a importância da união entre os países para enfrentar questões como a pobreza e as mudanças climáticas.