A importância desse projeto é destacada pelo secretário executivo de Meio Ambiente da Semas-PE, Walber Santana, que ressalta a desproporcionalidade entre a extensão da Caatinga em Pernambuco e o número reduzido de unidades de conservação na região, em comparação com a Mata Atlântica. A criação das novas unidades de conservação representa uma oportunidade de promover a valorização ambiental do semiárido e garantir a proteção necessária para evitar a degradação do bioma.
O financiamento para esse projeto será fornecido pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente, por meio do Programa GEF Terrestre do Governo Federal. Com um investimento de R$ 1,8 milhões, o projeto terá a coordenação do FunBio e da Semas-PE, contando também com a articulação da CPRH.
Os estudos para a criação das novas unidades de conservação serão conduzidos pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), que terá a tarefa de realizar o mapeamento das áreas prioritárias, identificar as espécies emblemáticas e vulneráveis da Caatinga, e determinar as categorias de conservação mais adequadas para cada território.
Em um processo que durará 18 meses, o trabalho do Cepan envolverá consultas públicas, capacitações para a gestão das unidades de conservação e o engajamento da comunidade local. A criação dessas novas unidades de conservação representará não apenas uma medida de proteção ambiental, mas também um esforço de preservação socioecológica da Caatinga, garantindo que as pessoas e os recursos naturais da região sejam salvaguardados. Assim, o Governo de Pernambuco busca assegurar um futuro sustentável para a Caatinga e para todos aqueles que dependem desse importante bioma.