IFI atualiza projeções de déficit primário e crescimento econômico para 2024 e 2025 em cenário fiscal volátil, aponta relatório da instituição.

A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou novas projeções referentes ao cenário fiscal do governo federal, abrangendo os anos de 2024 e 2025. De acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de maio, publicado nesta quinta-feira (16), a IFI revisou para cima a projeção de crescimento da economia brasileira em 2024, ao mesmo tempo em que atualizou as estimativas de déficit primário para os próximos anos.

Segundo a IFI, o déficit primário previsto para este ano é de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representa uma melhora em relação à projeção anterior de 0,9%. Para 2023, a entidade estima um déficit de 0,4%. Essa revisão positiva é justificada pelo crescimento moderado da arrecadação no Regime Geral da Previdência Social e das receitas não administradas.

Quanto ao crescimento da economia, a IFI elevou a projeção de crescimento do PIB em 2024 de 1,6% para 2%, com uma expectativa de expansão de 1,9% em 2025. A instituição justifica essa revisão com base em indicadores econômicos favoráveis, como o aumento das vendas no varejo, a produção de bens de capital e a melhoria do mercado de trabalho.

Apesar das boas perspectivas, a IFI alerta para a volatilidade do cenário fiscal, que gera incertezas tanto nas receitas quanto nas despesas. Questões como a tributação sobre fundos offshore, desoneração da folha de salários, medidas relacionadas à PEC dos quinquênios e a situação econômica do Rio Grande do Sul são apontadas como variáveis que podem impactar significativamente as projeções fiscais.

Além disso, a IFI também revisou as projeções da taxa de juros, prevendo que ela atinja 10,00% em 2024, em resposta às mudanças na política monetária dos Estados Unidos e à avaliação do risco fiscal no Brasil. A decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano também influenciou essa revisão. Com tantas variáveis em jogo, o cenário fiscal brasileiro continua complexo e sujeito a mudanças imprevisíveis.

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