Israel envia reforço de tropas para Rafah em intensificação da operação militar na Faixa de Gaza.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, fez um anúncio importante nesta terça-feira. Ele informou que está enviando mais tropas para Rafah, uma cidade localizada no sul da Faixa de Gaza que se tornou o epicentro da atual operação militar no enclave palestino. Essa decisão indica claramente que os israelenses planejam avançar com a ofensiva terrestre na região, que se tornou um refúgio para centenas de milhares de pessoas que fugiram dos confrontos em outras partes de Gaza.

Gallant afirmou que a operação em Rafah continuará com a entrada de forças adicionais. Ele destacou que muitos túneis na área já foram destruídos pelas tropas e que as atividades serão intensificadas. O ministro não especificou prazos para o reforço das tropas nem para uma possível intensificação dos combates. Até o momento, as ações têm sido localizadas, com o uso de tanques e ataques aéreos pontuais.

Israel tem demonstrado há meses sua intenção de avançar sobre Rafah, uma cidade que abrigava mais de 1,4 milhão de pessoas antes do início dos conflitos. A preparação para a ofensiva incluiu o fechamento dos postos de fronteira com o Egito e Israel, impedindo a entrada de ajuda humanitária.

Segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU, a incursão em Rafah representa um sério obstáculo para os modestos avanços recentes no acesso à ajuda humanitária. Cerca de 600 mil pessoas já deixaram a cidade, buscando abrigo em campos improvisados em outras regiões de Gaza. A situação é crítica, com a fome se tornando uma ameaça iminente.

Apesar dos apelos de aliados como os EUA, as palavras de Gallant indicam que o governo israelense pretende seguir com seus planos de enfrentamento ao Hamas em Rafah. Informações de inteligência sugerem que as lideranças do grupo podem não estar mais na cidade, se escondendo em túneis nos arredores. A expectativa é de que os confrontos se intensifiquem nos próximos dias.

Até o momento, os aliados ocidentais de Israel não se pronunciaram sobre os planos anunciados pelo ministro da Defesa. Apesar de ter suspendido temporariamente o envio de equipamentos militares na semana passada, os EUA aprovaram recentemente um novo pacote de ajuda militar para Israel, o que pode gerar controvérsias a respeito da postura de Washington em relação à escalada do conflito em Gaza.

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