Ortiz, que estava há apenas sete semanas à frente do Ministério do Interior, tornou-se o quinto ministro a deixar o cargo em um governo já impopular e profundamente enfraquecido por diversas investigações. As acusações contra a presidente incluem crimes como assassinato, corrupção e enriquecimento ilícito, tornando a situação ainda mais tensa.
A saída de Ortiz abre espaço para a posse do sexto ministro do Interior do governo Boluarte, que está prevista para ocorrer durante uma cerimônia à tarde. Em sua carta de demissão, o agora ex-ministro afirmou que sua renúncia se deu por motivos “estritamente pessoais”, sem entrar em detalhes sobre os reais motivos por trás de sua decisão.
Essa renúncia ocorreu em um momento delicado, pois no dia anterior a presidente Dina Boluarte havia comparecido à sede da Procuradoria Geral para prestar depoimento em outro caso de suposta corrupção e enriquecimento ilícito. As investigações tiveram início a partir do uso de relógios de luxo não declarados por ela, o que configuraria uma irregularidade para um funcionário público.
Além disso, a investigação sobre o desmantelamento da força-tarefa da polícia está em andamento, com o objetivo de esclarecer se Ortiz e Boluarte cometeram crimes de ocultação pessoal e abuso de autoridade. A força-tarefa atuava em casos delicados envolvendo pessoas próximas da presidente, como seu irmão e advogado, acusados de participar de um esquema de tráfico de influência.
Esses eventos recentes colocam em xeque a estabilidade política no Peru e aumentam a pressão sobre o governo de Dina Boluarte. O país aguarda por mais desdobramentos e esclarecimentos sobre as acusações que pairam sobre a presidente e seus aliados. A posse do novo ministro do Interior será um passo importante nesse cenário tumultuado.
