Repórter Recife – PE – Brasil

Ministro estuda formas de escoar água em Porto Alegre e região metropolitana com apoio das Forças Armadas e Companhia de Saneamento.

Em meio à crise de enchentes que assola o Rio Grande do Sul, o ministro extraordinário da Reconstrução, Paulo Pimenta, revelou em entrevista à Radio Guaíba que o governo federal está estudando, em conjunto com prefeitos e o governo estadual, formas de escoar a água que se acumula em Porto Alegre e na região metropolitana da capital gaúcha.

A proposta do ministro inclui a possibilidade de utilizar bombas provenientes de São Paulo, da Companhia de Saneamento Básico do Estado, e aquelas empregadas na transposição do Rio São Francisco. Pimenta ressaltou a importância de agir rapidamente, considerando a necessidade de envolver até mesmo as Forças Armadas na operação. Ele alertou que, se não houver um sistema eficiente para drenar a água, a situação pode se prolongar por meses.

A situação é especialmente crítica na região metropolitana de Porto Alegre, que fica em um nível próximo ao mar e é protegida por diques contra inundações. No entanto, muitos desses diques cederam durante as enchentes, provocando o alagamento de diversas cidades. Segundo Pimenta, milhares de residências foram afetadas e não há ainda um levantamento preciso do número de casas atingidas.

Com base em dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até o momento, as enchentes já deixaram um saldo de 151 mortos, 104 desaparecidos e 2,2 milhões de pessoas afetadas. Mais de 600 mil gaúchos estão desalojados ou desabrigados, em 460 dos 497 municípios do estado. Para lidar com essa situação crítica, o ministro se reuniu com autoridades locais para discutir estratégias de apoio aos desabrigados, com foco em garantir alimentação, água potável, medicamentos e assistência.

Diante desse cenário desolador, a mobilização das autoridades e da sociedade civil se faz urgente, a fim de minimizar os impactos das enchentes e prover o suporte necessário às vítimas. A solidariedade e a cooperação de todos são essenciais para enfrentar essa crise humanitária que assola o Rio Grande do Sul.

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