Durante a entrevista, o ministro mencionou a possibilidade de utilizar bombas de São Paulo, fornecidas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado, e equipamentos utilizados na transposição do Rio São Francisco. Ele ressaltou a importância de agir rapidamente para evitar que a situação se agrave, e não descartou a possibilidade de acionar as Forças Armadas para ajudar na operação de escoamento da água.
Pimenta explicou que a região metropolitana de Porto Alegre é vulnerável a enchentes devido à sua proximidade com o nível do mar e à presença de vários rios. Os diques de proteção que deveriam conter a água durante as cheias falharam, resultando em inundações em diversas cidades. O ministro alertou para a gravidade da situação, com milhares de residências afetadas e um número desconhecido de casas que poderão ser recuperadas.
Durante a manhã, o ministro se reuniu com autoridades locais de municípios atingidos pelas enchentes, como Porto Alegre, São Leopoldo, Canoas, Guaíba, El Dourado e Nova Santa Rita. Ele destacou a importância de garantir condições dignas nos abrigos para as cerca de 80 mil pessoas desabrigadas na região. Além disso, as prefeituras locais estão elaborando planos de trabalho com a defesa civil para a contratação de serviços de retirada da água empoçada.
Segundo os últimos dados divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, as enchentes já provocaram a morte de 151 pessoas, deixaram 104 desaparecidos e afetaram cerca de 2,2 milhões de habitantes no estado. Mais de 600 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, e mais de 460 municípios gaúchos foram atingidos pelos fortes temporais. A situação requer uma resposta urgente e coordenada entre as autoridades locais e o governo federal para minimizar os impactos das enchentes e auxiliar as comunidades afetadas a se recuperarem.