Apresentando 14 ministros, incluindo quatro mulheres, Mulino mostrou que seu gabinete não fugirá das ligações com o governo de Martinelli. Com ex-funcionários do governo anterior ocupando importantes cargos, como Julio Moltó, que assumirá o Comércio e Indústrias, e Niurka Palacios, que será a próxima ministra da Mulher, é evidente que Mulino está buscando um equilíbrio entre a experiência de antigos membros da administração passada e a renovação com novos nomes.
No entanto, Mulino terá dois membros do Partido Revolucionário Democrático no seu gabinete, mostrando uma tentativa de diálogo e inclusão política em sua gestão. Além disso, contará com Felipe Chapman, diretor da Transparência Internacional, e o empresário Jose Ramón Icaza, reforçando um compromisso com a economia do país.
Chapman ressaltou a importância de focar no crescimento econômico, mas também no desenvolvimento social e humano, reconhecendo a existência de muitos panamenhos vivendo na pobreza. A nomeação de três ministros, com destaque para a presença de mais duas mulheres, Jackeline Muñoz e Beatriz Carles, sinaliza um governo diversificado e comprometido com a igualdade de gênero e inclusão.
A permanência do ex-presidente Martinelli na embaixada da Nicarágua, onde fez campanha ativamente para Mulino, mostra uma proximidade política que pode influenciar as ações do novo governo. Com desafios significativos à frente, o Panamá aguarda para ver como Mulino liderará o país e se seu gabinete será capaz de cumprir as promessas de desenvolvimento e progresso social.