STF inicia julgamento do “assédio judicial” contra jornalistas e veículos de imprensa para proteger liberdade de expressão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início a um julgamento crucial nesta quinta-feira (16). Em pauta está a discussão sobre o assédio judicial contra jornalistas e veículos de imprensa, uma prática que tem sido recorrente e preocupante no cenário atual.

Até o momento, alguns ministros já proferiram seus votos, tendo sido favoráveis a reconhecer a ilegalidade do uso de ações judiciais como meio de constranger ou dificultar a liberdade de imprensa. Entre os ministros que se posicionaram a favor dessa medida estão Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, André Mendonça e Rosa Weber.

Após as manifestações dos ministros, a sessão foi suspensa e será retomada na próxima quarta-feira (22). O julgamento é resultado de ações protocoladas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, destacou a gravidade do assédio judicial contra jornalistas, mencionando casos em que inúmeras ações judiciais são protocoladas simultaneamente em diferentes estados com o intuito de constranger a imprensa. Ele definiu o assédio judicial como uma prática que compromete a liberdade de expressão.

Além disso, os ministros que já votaram também ressaltaram a importância de que a responsabilização de jornalistas e veículos de imprensa ocorra somente em casos de dolo ou culpa, ou seja, nos casos em que haja a intenção de prejudicar uma pessoa citada em uma reportagem.

Com essas decisões, espera-se que haja um fortalecimento da liberdade de imprensa e um combate mais efetivo ao assédio judicial contra jornalistas. A sociedade aguarda com expectativa o desfecho desse julgamento, que certamente terá um impacto significativo no cenário jornalístico do país.

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