TJPE nega liberdade a PMs acusados de homicídio na Iputinga: decisão é unânime no caso dos seis réus.

Na última terça-feira, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de liberdade provisória para os seis policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) envolvidos em um caso de homicídio qualificado na comunidade do Detran, localizada no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, que resultou na morte de dois homens.

A decisão, tomada pelo desembargador Demócrito Ramos Reinaldo Filho, da 4ª Câmara Criminal do TJPE, contou com a participação dos desembargadores Alexandre Guedes Alcoforado Assunção e Honório Gomes do Rego Filho, que acompanharam o voto do relator, tornando a decisão unânime. Segundo o desembargador Demócrito Ramos, a prisão preventiva dos réus está de acordo com as normas legais e deve ser mantida devido ao perigo que representam para a sociedade.

O Tribunal de Justiça considerou que a prisão preventiva se faz necessária diante da existência de indícios de mudança na cena do crime e tentativa de forjar socorro às vítimas. Além disso, o Ministério Público de Pernambuco apontou que os policiais agiram com violência e frieza, evidenciando um comportamento incompatível com suas funções.

O caso ocorreu em novembro de 2023, quando os agentes entraram na residência das vítimas e atiraram contra elas, resultando na morte de Bruno Henrique Vicente da Silva e Rhaldney Fernandes da Silva. Os moradores da região contestam a versão da polícia, alegando que não houve confronto e que os homens foram mortos de forma arbitrária.

Os seis policiais militares estão sendo denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado, com a qualificadora de traição, emboscada, ou mediante dissimulação. A prisão preventiva foi mantida para garantir a ordem pública e a continuidade da instrução criminal.

Os familiares das vítimas aguardam por justiça, enquanto a comunidade do Detran se mobiliza em busca de respostas sobre o ocorrido. A decisão do TJPE reafirma o compromisso com a segurança e com a punição exemplar de agentes que violentam a lei em vez de protegê-la.

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