Hipertensão arterial em crianças: diagnóstico precoce e prevenção são fundamentais, alertam especialistas em cardiologia pediátrica.

A hipertensão arterial, uma doença que afeta cerca de 30% da população adulta brasileira, também pode atingir crianças, alertou Jorge Afiune, presidente do Departamento de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo ele, devido à baixa prevalência da doença em crianças, muitas vezes ela não é investigada rotineiramente, o que pode resultar em diagnóstico tardio e agravamento da condição no futuro.

Para marcar o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, comemorado no dia 17 de maio, Isabela Rangel, diretora médica do projeto Pro Criança Cardíaca, enfatizou a importância da detecção precoce e prevenção da hipertensão em crianças e adolescentes. Ela ressaltou a necessidade de os pais e profissionais de saúde estarem atentos à pressão arterial das crianças, realizando medições regularmente, inclusive em recém-nascidos.

Isabela destacou que a medição da pressão arterial deve ser uma prática rotineira nas consultas pediátricas, pois muitas vezes a doença pode ser assintomática e passar despercebida. Ela também explicou que existem dois tipos de hipertensão arterial: primária, associada a fatores genéticos e ambientais como obesidade; e secundária, causada por doenças específicas identificáveis. O diagnóstico correto é fundamental para determinar o tipo de tratamento adequado.

Estatísticas apontam que entre 3% e 15% das crianças e adolescentes brasileiros sofrem com hipertensão arterial, sendo que o número mais aproximado seria entre 3% e 5%, de acordo com Jorge Afiune. Ele ressaltou que a mudança de estilo de vida da sociedade tem contribuído para o aumento da doença em idades mais precoces, sendo essencial a prevenção e intervenção precoce.

O presidente do Departamento de Cardiologia alertou que é fundamental a realização da medida da pressão arterial em consultas pediátricas de rotina, pois esse simples cuidado pode ajudar a detectar precocemente problemas de saúde e permitir intervenções mais rápidas e eficazes. A conscientização e o acompanhamento contínuo das crianças são essenciais para garantir uma vida mais saudável e prevenir complicações futuras.

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