Paulo Gonet foi indicado por Luiz Inácio Lula da Silva e assumiu o cargo em dezembro do ano passado, sucedendo Augusto Aras, indicado por Bolsonaro. O inquérito em questão foi motivado pelas declarações de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, que acusou Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal ao demitir o então diretor Maurício Valeixo, indicado por Moro. Apesar da conclusão da PF em março de 2022 de que não houve interferência por parte de Bolsonaro, o caso ainda segue em discussão.
Segundo o relatório da PF, ao longo de quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas e análises de dados foram feitas, sem que provas consistentes para a configuração de crimes tenham sido encontradas. As testemunhas ouvidas afirmaram categoricamente que não receberam qualquer tipo de orientação para interferir em investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes aguardar o posicionamento de Paulo Gonet para decidir o futuro do inquérito envolvendo Jair Bolsonaro. Com a nova solicitação de revisão do caso, a expectativa é de que novos desdobramentos e debates ocorram em relação à suposta interferência do ex-presidente na Polícia Federal. A decisão final de Moraes terá grande impacto no cenário político nacional e na relação entre os Poderes Executivo e Judiciário.
