Zoraya ter Beek passou por diversos tratamentos intensivos, incluindo psicoterapia, medicação e mais de 30 sessões de eletroconvulsoterapia (ECT). Apesar de ter tido um parceiro e ter tentado diversas abordagens terapêuticas, ela ainda se via em um ciclo de sofrimento e pensamentos suicidas. Diante disso, ela tomou a difícil decisão de pedir a morte assistida.
A Holanda foi o primeiro país a legalizar a eutanásia ativa e o suicídio assistido, o que levanta questões éticas e morais. Em casos como o de Zoraya ter Beek, em que o sofrimento é crónico e há ausência de perspectiva de melhoria, a eutanásia se torna uma opção. Ter Beek passou por um processo longo e rigoroso para obter a autorização para a eutanásia, mostrando que a lei holandesa exige uma avaliação detalhada e uma confirmação por parte de médicos.
Diante da repercussão de sua história, Ter Beek recebeu mensagens de pessoas de diversos países, muitas delas tentando dissuadi-la de sua decisão. No entanto, ela afirmou estar determinada e sentindo um alívio ao saber que em breve poderá ser libertada de seu sofrimento. A data exata da eutanásia não foi revelada, mas já se sabe que ela ocorrerá na casa da jovem, com a presença de seus gatos e seu parceiro.
Diante de casos como o de Ter Beek, questionamentos sobre a eutanásia e os cuidados em saúde mental são levantados. A busca por alternativas terapêuticas eficazes e o respeito à decisão dos pacientes em situações extremas tornam-se temas essenciais para a reflexão de toda a sociedade. A história de Zoraya ter Beek nos faz refletir sobre o sofrimento humano e os limites da medicina diante de doenças mentais tão graves.