De acordo com Jens Laerke, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em Genebra, são necessários cerca de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,2 bilhões na cotação atual) para fornecer assistência urgente a aproximadamente 15 milhões de pessoas no Sudão. No entanto, a arrecadação atual está longe de alcançar essa meta, o que coloca em risco a vida de milhares de cidadãos sudaneses.
Laerke ressaltou que a fome e doenças estão cada vez mais próximas da população afetada pela guerra no país. Sem recursos adicionais rapidamente, as organizações humanitárias não conseguirão intensificar suas operações a tempo de evitar uma catástrofe humanitária de proporções ainda maiores. Ele também alertou para a gravidade da situação nos confrontos em Darfur, no oeste do Sudão, onde a população está especialmente vulnerável.
Em meio a essa crise, a ONU também tem buscado meios diplomáticos para tentar amenizar a situação no Sudão. Volker Türk, Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, realizou uma entrevista telefônica com os dois generais em conflito, Abdel Fatah al Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, exortando-os a agirem imediatamente para acalmar os ânimos e respeitarem o direito internacional, além de promover um cessar-fogo.
Com metade da população sudanesa dependendo de assistência humanitária urgente, é crucial que a comunidade internacional se mobilize para garantir a proteção e o socorro necessários aos cidadãos do Sudão em meio a essa crise devastadora.