Panamá deporta 30 colombianos criminosos que entraram pela floresta do Darién na rota para os Estados Unidos

Nesta sexta-feira (17), o Panamá realizou a deportação de 30 cidadãos colombianos com antecedentes criminais que haviam entrado no país pela floresta do Darién, rota comum para milhares de migrantes a caminho dos Estados Unidos. Essa ação foi conduzida pelo Serviço Nacional de Migração e contou com a participação de jornalistas da Agence France-Presse (AFP) que presenciaram os detalhes da operação.

Os colombianos, incluindo duas mulheres, foram transportados durante a madrugada em um ônibus até o aeroporto de Albrook, onde embarcaram em um voo charter. Antes disso, foram submetidos a uma revista com a presença de um cão farejador em busca de drogas. A diretora de Migração, Samira Gozaine, esteve presente para supervisionar o processo e ressaltou a importância de deportar aqueles com antecedentes criminais que entram pelo Parque Nacional do Darién.

Apesar da deportação desses 30 indivíduos, Gozaine destacou que o número é relativamente baixo se comparado aos 1.200 migrantes que chegam diariamente ao Panamá pela região do Darién. Essa área de floresta, que serve de fronteira entre Colômbia e Panamá, enfrentou um intenso fluxo migratório nos últimos anos, colocando os viajantes em situações de grande perigo devido a animais selvagens, rios perigosos e grupos criminosos.

O presidente eleito do Panamá, José Raúl Mulino, tem planos de “fechar” o Darién e intensificar as medidas de deportação dos migrantes que chegam por essa rota. No entanto, a construção de um muro na fronteira foi descartada. Com esse cenário, a questão migratória na região permanece como um desafio a ser enfrentado pelas autoridades.

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