Paulo Pimenta revela voto em Eduardo Leite e nega busca por dividendos políticos em tragédia no Rio Grande do Sul.

O secretário extraordinário para a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), demonstrou em uma entrevista concedida à CNN Brasil nesta sexta-feira, 17, que mantém uma relação respeitosa e harmoniosa com o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e os prefeitos do Estado. Ele enfatizou que a sua relação com as autoridades estaduais é fraterna, institucional e pacífica, reforçando que não busca colher “dividendos políticos individuais” em cima da tragédia que abalou o Rio Grande do Sul.

Pimenta também revelou que, no segundo turno das eleições gerais de 2022, votou no governador gaúcho Eduardo Leite, destacando que o apoio do PT foi fundamental para a vitória do candidato tucano. Ele ressaltou que possui uma relação tranquila com Leite e reforçou que o alinhamento entre eles foi crucial para a vitória do governador nas eleições.

As declarações de Pimenta surgem em meio a uma preocupação por parte do governo do Rio Grande do Sul em relação ao seu nome como autoridade federal responsável por coordenar as ações de reconstrução dos municípios após a tragédia. Há um receio de que a indicação de Pimenta pelo presidente Lula possa gerar divergências com o governador Leite, uma vez que não foram detalhadas as funções que o ex-ministro da Secom terá como autoridade federal no Estado.

A nomeação de Pimenta pelo governo federal reflete as tensões existentes entre as gestões Lula e Leite, que se mantêm desde o início do terceiro mandato do presidente petista. Apesar da necessidade de um trabalho conjunto diante da tragédia, há uma percepção de que isso não resultará em uma aproximação entre os dois políticos. Com a indicação de Pimenta, a possibilidade de um alinhamento entre as gestões federal e estadual se torna ainda mais distante.

Em resumo, a relação entre Paulo Pimenta e o governador Eduardo Leite é marcada pela fraternidade e harmonia, com uma colaboração mútua que foi fundamental para a ascensão de Leite ao governo gaúcho. No entanto, a indicação de Pimenta como autoridade federal no Estado gerou preocupações sobre possíveis tensionamentos políticos entre as administrações federal e estadual.

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