A região de Gaza, com uma população de 2,4 milhões de pessoas, tem se tornado cada vez mais dependente de ajuda humanitária. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou sobre o risco de uma “fome quase inevitável” na região já em março. Com os bombardeios israelenses, inspeções rigorosas de Tel Aviv e restrições nos pontos de passagem, o fluxo de ajuda humanitária já havia diminuído consideravelmente.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) informou que os primeiros envios incluem alimentos e kits de higiene para milhares de pessoas necessitadas. A distribuição das doações ficará a cargo de agências da ONU, como o Programa Mundial de Alimentos, estando em consonância com o apoio logístico fornecido pelo Exército americano.
Pressionado por diversos países, incluindo os Estados Unidos, Israel tem trabalhado em conjunto para facilitar a entrada de ajuda humanitária na região. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, destacou a importância de ampliar a assistência humanitária, incluindo por passagens fronteiriças terrestres além do píer flutuante.
O píer temporário, construído pelos Estados Unidos a um custo de US$ 320 milhões, permitirá a chegada de suprimentos por via marítima, complementando as entregas por via terrestre. O projeto consiste em duas plataformas: uma flutuante para receber os navios com ajuda e outra para o transporte dos materiais até a terra. Essa iniciativa busca atenuar a crise humanitária que assola Gaza e oferecer suporte às populações mais vulneráveis.