Segundo Afiune, apesar de não ser muito comum em crianças, a hipertensão nem sempre é investigada rotineiramente. Isso pode levar a atrasos no diagnóstico de problemas que poderiam ser corrigidos ou tratados precocemente, antes que se tornem mais graves no futuro.
Para marcar o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, celebrado em 17 de maio, a diretora médica do Pro Criança Cardíaca, Isabela Rangel, enfatizou a importância da detecção precoce e da prevenção da hipertensão arterial em crianças e adolescentes. Rangel ressaltou que é fundamental conscientizar sobre a possibilidade de crianças também desenvolverem pressão alta e que a medição da pressão arterial deve fazer parte das consultas pediátricas de rotina.
Estatísticas mostram que entre 3% e 15% das crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela hipertensão arterial. O aumento desse percentual, especialmente entre os adolescentes, está relacionado ao sobrepeso e à obesidade. A mudança no estilo de vida da sociedade, com sedentarismo e má alimentação, tem contribuído para o surgimento precoce de doenças características da idade adulta em jovens.
O diagnóstico precoce da hipertensão arterial é essencial para identificar se a doença é primária ou secundária e determinar o tratamento adequado. A aferição da pressão arterial nas consultas pediátricas pode ajudar a detectar problemas de saúde e intervir de forma rápida, muitas vezes modificando hábitos de vida e alimentação antes de recorrer a medicamentos.
Em crianças com menos de 3 anos, a medição da pressão arterial é recomendada apenas em casos específicos, enquanto a partir dos 3 anos a SBP orienta que a aferição seja parte do acompanhamento pediátrico anual. A detecção precoce e o monitoramento constante da pressão arterial em crianças são fundamentais para promover uma vida saudável e prevenir problemas cardíacos graves no futuro.
