Sistema de drenagem irregular desmontado em condomínio de Pelotas após seis horas de testes açodados

Na última quinta-feira, dia 16 de março, um sistema de drenagem instalado em um condomínio localizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi desmontado apenas seis horas após começar a ser testado. Esse sistema tinha como objetivo escoar a água de três lagos que banham o empreendimento, porém, a prefeitura considerou a instalação irregular, uma vez que o excesso de água estava sendo despejado em uma avenida próxima ao Canal São Gonçalo, um córrego que está sendo monitorado pelo município devido aos altos índices de chuva que atingiram a região.

A situação se tornou ainda mais crítica quando a prefeitura acionou o Ministério Público, que solicitou a intervenção da polícia. No mesmo dia, policiais civis e militares estiveram presentes no condomínio Lagos de São Gonçalo, localizado no bairro São Gonçalo, e após a visita, a administração do condomínio optou por retirar a bomba e os dutos que compunham o sistema de drenagem.

O síndico do condomínio afirmou à emissora de TV CNN que o sistema de drenagem havia sido aprovado pela prefeitura durante a construção do empreendimento, o que gerou um cenário de contraditório em relação à situação atual. A Lagoa dos Patos, influenciada por diversos rios do Rio Grande do Sul, está com sua vazão retida devido ao grande volume de chuvas e fortes ventos, resultando em uma situação crítica para cidades como Pelotas, que estão sofrendo com inundações e alagamentos.

A prefeitura de Pelotas ampliou o mapeamento de áreas com alto risco de inundação devido ao sobrecarregamento do sistema de drenagem, o que demonstra a gravidade da situação. O Canal São Gonçalo atingiu a marca histórica de 3 metros na quinta-feira, superando o recorde anterior de 2,88 metros registrado em 1941 durante uma grande enchente.

O estado do Rio Grande do Sul enfrenta a maior tragédia climática de sua história, com 461 dos 497 municípios afetados pelos fortes temporais desde o último dia 29. Mais de 600 mil pessoas tiveram que deixar suas casas, e o número de vítimas fatais já chega a 154, com 94 pessoas ainda desaparecidas. A situação é de extrema gravidade e exige medidas urgentes para minimizar os danos causados pelas chuvas e inundações.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo