As internações realizadas pelo SCP têm sido criticadas por não respeitarem a legalidade e por não promoverem avanços ou resolutividade, uma vez que os usuários que passam por esses procedimentos acabam retornando à cena de uso novamente. Isso demonstra, de acordo com os trabalhadores do Seas, um desserviço que está sendo prestado à população em situação de vulnerabilidade na Cracolândia.
Além disso, foi apontado que as práticas do SCP violam a Lei Antimanicomial e entram em conflito com a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Os profissionais esperam que a denúncia feita por meio de uma carta aberta possa despertar ações para corrigir as práticas abusivas e promover um atendimento digno e respeitoso aos indivíduos atendidos na região.
Recentemente, os trabalhadores do Redenção na Rua, outro programa municipal de atendimento na Cracolândia, também denunciaram abordagens violentas por parte da equipe do SCP. A Agência Brasil buscou posicionamento da prefeitura e do estado, mas não obteve retorno até a conclusão desta reportagem.
Essas denúncias colocam em debate a forma como os serviços de atendimento a usuários de substâncias psicoativas estão sendo realizados na região da Cracolândia, chamando a atenção para a necessidade de respeito aos direitos humanos e garantia de um atendimento eficaz e digno para essas pessoas em situação de vulnerabilidade.