No final de abril, as autoridades ucranianas suspenderam os serviços consulares para homens com idade entre 18 e 60 anos. Essa medida foi tomada após o ministro das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, afirmar que muitos desses homens estavam deixando seus compatriotas combatendo nas linhas de frente em seu lugar.
Essa suspensão afetou serviços como a solicitação de passaportes e foi interpretada como uma tentativa de forçar os ucranianos no exterior a retornarem ao país em um momento em que o Exército necessita de mais homens. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores decidiu retomar os serviços para homens com a documentação militar em dia a partir de sábado.
Além disso, a Ucrânia reduziu a idade limite para o alistamento militar de 27 para 25 anos e aumentou as penalidades para aqueles que evitarem o recrutamento. Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, milhões de ucranianos, principalmente mulheres e crianças, fugiram do país em busca de segurança.
No entanto, a maioria dos homens ucranianos entre 18 e 60 anos está proibida de deixar o país desde a imposição da lei marcial. Portanto, a suspensão dos serviços consulares impactou significativamente muitos cidadãos que vivem no exterior desde antes do início do conflito.
Essa retomada dos serviços consulares é vista como um passo positivo pelo governo ucraniano para garantir assistência aos seus cidadãos no exterior em um momento de crise e incerteza. A medida visa facilitar o acesso dos ucranianos em idade de combate aos serviços essenciais fornecidos pelos consulados do país.
Com essa decisão, o governo de Kiev busca demonstrar seu compromisso em apoiar e proteger seus cidadãos, mesmo diante das adversidades enfrentadas devido ao conflito com a Rússia. A retomada dos serviços consulares é vista como um gesto importante de solidariedade e apoio aos ucranianos que precisam de assistência no exterior.
