Eolo Morandi Junior, gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Instituto Butantan, destacou a eficácia da vacina, ressaltando que a resposta imune se manteve em um alto nível de soroproteção, com um bom perfil de segurança. Os resultados do estudo demonstraram que os efeitos adversos foram leves ou moderados e se resolveram em até três dias após a vacinação.
O imunizante passa por análise na Anvisa em conjunto com a Agência Europeia de Medicamentos, e a previsão é que esteja aprovado a partir de agosto deste ano. Nos Estados Unidos, a FDA foi a primeira agência a aprovar a vacina para maiores de 18 anos, após serem realizados testes que comprovaram sua eficácia e segurança.
Além disso, a Valneva iniciou um estudo de fase 2 pediátrico para avaliar a vacina em crianças de 1 a 11 anos em países da América Central. A parceria entre o Butantan e o laboratório franco-austríaco prevê a produção das vacinas no Brasil após a aprovação da Anvisa, com possibilidade de incorporação no Programa Nacional de Imunizações.
Em relação à vacina contra a dengue, também desenvolvida pelo Instituto Butantan, os resultados preliminares do ensaio clínico de fase 3 foram promissores, com uma eficácia de 79,6% para proteger contra a doença. A expectativa é que a vacina da dengue seja submetida à Anvisa ainda neste ano, com possibilidade de aprovação no próximo ano. A vacina da chikungunya deve ser aprovada primeiro, de acordo com Morandi Junior.
O estudo envolvendo a vacina da dengue teve início em 2016 e está em andamento, com resultados positivos em relação à segurança e eficácia do imunizante. A Anvisa se comprometeu a adotar todas as estratégias possíveis para apoiar a ampliação do acesso à vacina com qualidade, eficácia e segurança, seguindo o procedimento de submissão contínua para avaliação do dossiê técnico.
Portanto, as vacinas contra a chikungunya e a dengue desenvolvidas pelo Instituto Butantan apresentam resultados promissores e têm o potencial de contribuir significativamente para a prevenção dessas doenças, aguardando aprovação dos órgãos reguladores para disponibilização à população.