As novas normas, aprovadas pelo papa Francisco e pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, permitem uma abordagem mais moderada em relação a acontecimentos que possam ser confundidos com pensamentos ou fantasias humanas. O cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, responsável pelo Dicastério, ressaltou em uma coletiva de imprensa a importância de diferenciar o divino do humano.
Recentemente, o Vaticano rejeitou os supostos milagres envolvendo uma imagem da Virgem Maria que estaria chorando sangue e aumentando o tamanho das pizzas em Trevignano Romano, região situada ao noroeste de Roma. Esses casos complicados, que muitas vezes geram confusão entre os fiéis, agora terão uma análise mais criteriosa por parte dos órgãos competentes.
As novas regras substituem as normas existentes desde 1978 e orientam os bispos a respeito da ocorrência de visões e aparições divinas. Desde 1950, o Vaticano lidou apenas com seis casos desse tipo, mostrando a raridade desses eventos e a importância de evitar possíveis crimes, manipulações e danos à igreja.
A colaboração entre as dioceses e o Vaticano é crucial nesses casos, e a decisão final sobre o reconhecimento dessas aparições divinas será submetida à aprovação do Dicastério. Dessa forma, o objetivo é garantir a integridade da Igreja e evitar escândalos que possam prejudicar a fé dos seguidores.
Em suma, as novas regras do Vaticano buscam proteger a instituição e os fiéis de possíveis manipulações e desvios, mantendo a transparência e a seriedade nos processos de análise de supostas aparições sobrenaturais.
