O objetivo do espetáculo é promover o encontro artístico entre as culturas surda e ouvinte, explorando a relação da linguagem de sinais com a máscara teatral. O diretor Venício Fonseca, fundador do grupo Moitará, destaca a importância da linguagem imagética e corporal da máscara teatral, que se assemelha à expressão empregada pela comunidade surda.
“A Busca” faz parte de uma trilogia que aborda a temática do feminino, sendo o segundo espetáculo desenvolvido pela companhia. O próximo trabalho previsto abordará a ancestralidade do feminino a partir de raízes brasileiras. A intenção é destacar a presença e importância do feminino de forma mais ampla.
Durante a pandemia da Covid-19, o Grupo Moitará tomou a iniciativa de incluir uma abordagem de acessibilidade de qualidade em suas produções. Além da presença de Libras em cena, a companhia também conta com um ator intérprete de Língua Brasileira de Sinais e utiliza a linguagem artística conhecida como visual vernacular, que trabalha com sensações.
O elenco da peça é composto por três atores, incluindo Erika Rettl, Jhonatas Narciso e o próprio diretor Venício Fonseca. A peça foi contemplada por um edital de apoio ao teatro e conta com o suporte de diversos órgãos culturais.
Segundo Fonseca, a inclusão social dos surdos e a valorização da acessibilidade cultural são aspectos fundamentais para a peça e para o trabalho do grupo como um todo. Através desse espetáculo, a Moitará busca sensibilizar o público para a importância da linguagem de sinais e da comunicação inclusiva.
“A Busca” está em cartaz no espaço cultural Moitará, localizado na Lapa, e os ingressos podem ser adquiridos mediante a doação de um quilo de alimentos não perecíveis, que serão destinados a instituições de caridade. A peça representa não apenas uma manifestação artística, mas também um importante instrumento de conscientização e promoção da inclusão social e cultural.
