Intensificação das mudanças climáticas aumenta desastres ambientais em todo o mundo, inclusive no Rio Grande do Sul: Brasil identifica mais de 1.900 municípios suscetíveis.

A intensificação das mudanças climáticas causadas pela ação humana no meio ambiente tem gerado um aumento significativo nos desastres ambientais e climáticos em todo o mundo. Um exemplo disso é o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, onde os efeitos das alterações climáticas estão se tornando cada vez mais evidentes.

No Brasil, o governo federal identificou 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações. Esse número representa cerca de 35% do total de municípios do país. De acordo com um estudo do governo, o aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas tem criado um cenário desafiador para países em desenvolvimento, como o Brasil.

Nesses 1.942 municípios considerados em risco, vivem mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que corresponde a 6% da população nacional. O governo realizou um levantamento que, em comparação com dados anteriores, ampliou em 136% o número de municípios considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, apenas 821 cidades estavam incluídas nessa categoria de risco.

Segundo a pesquisa coordenada pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento ligada à Casa Civil da Presidência da República, as áreas mais vulneráveis são habitadas por populações pobres, que têm menos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos dos eventos climáticos extremos.

Entre 1991 e 2022, o Brasil registrou 23.611 desastres ambientais, resultando em 3.890 óbitos e mais de 8,2 milhões de pessoas desalojadas ou desabrigadas devido a inundações, enxurradas e deslizamentos de terra. Diante desse cenário preocupante, o estudo faz uma série de recomendações ao poder público, enfatizando a importância de promover ações governamentais coordenadas para gerir e prevenir desastres.

O governo brasileiro espera que o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) possa ser uma oportunidade para melhorar a gestão de riscos e desastres no país, buscando minimizar os danos causados por futuros eventos climáticos extremos. A população brasileira, especialmente aquela mais vulnerável, necessita de medidas de proteção e prevenção para enfrentar os desafios decorrentes das mudanças climáticas e dos desastres ambientais.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo