Segundo especialistas, as soluções para tornar as cidades mais resistentes variam de acordo com cada local. O professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Paulo Canedo ressaltou a importância de reconstruir as pontes levando em conta as novas projeções climáticas e corrigir erros do passado. Ele destacou a necessidade de evitar ocupar áreas de risco e respeitar as regiões inadequadas para construções.
O engenheiro civil especialista em desastres Leandro Torres di Gregório salientou a importância de realizar estudos preliminares para avaliar a capacidade de suportar eventos extremos antes de formular projetos de construção. Ele destacou que os projetos de “cidade esponja”, que visam absorver a água em casos de inundação, têm se mostrado eficazes em outras partes do mundo e poderiam ser aplicados no Rio Grande do Sul.
A tragédia recente evidenciou a necessidade de uma abordagem integrada e planejada para enfrentar os desafios causados pelas chuvas intensas e inundações. O professor Gregório enfatizou que a governança do estado desempenha um papel crucial na elaboração e execução de medidas para mitigar os efeitos das inundações. Ações como remoção de moradores de áreas propensas a inundações e a implementação de projetos de infraestrutura resiliente são essenciais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.
Em resumo, a reconstrução do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas exige um planejamento cuidadoso e sustentável, levando em consideração as projeções climáticas futuras e adotando medidas para tornar as cidades mais resilientes diante dos eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. O momento é de aprender com os erros do passado e adotar soluções inovadoras e integradas para enfrentar os desafios do presente e do futuro.