Repórter Recife – PE – Brasil

Rio Grande do Sul: Reconstrução após fortes chuvas considerará projeções climáticas para evitar novos desastres.

A reconstrução do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas que assolaram o estado desde o fim de abril exige uma abordagem resiliente diante das mudanças climáticas. O estado sofreu sérios danos, com construções antigas desabando e estradas sendo arrastadas pela quantidade e intensidade das águas. Agora, as obras de reconstrução precisam levar em consideração os eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.

Segundo especialistas, as soluções para tornar as cidades mais resistentes variam de acordo com cada local. O professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Paulo Canedo ressaltou a importância de reconstruir as pontes levando em conta as novas projeções climáticas e corrigir erros do passado. Ele destacou a necessidade de evitar ocupar áreas de risco e respeitar as regiões inadequadas para construções.

O engenheiro civil especialista em desastres Leandro Torres di Gregório salientou a importância de realizar estudos preliminares para avaliar a capacidade de suportar eventos extremos antes de formular projetos de construção. Ele destacou que os projetos de “cidade esponja”, que visam absorver a água em casos de inundação, têm se mostrado eficazes em outras partes do mundo e poderiam ser aplicados no Rio Grande do Sul.

A tragédia recente evidenciou a necessidade de uma abordagem integrada e planejada para enfrentar os desafios causados pelas chuvas intensas e inundações. O professor Gregório enfatizou que a governança do estado desempenha um papel crucial na elaboração e execução de medidas para mitigar os efeitos das inundações. Ações como remoção de moradores de áreas propensas a inundações e a implementação de projetos de infraestrutura resiliente são essenciais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.

Em resumo, a reconstrução do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas exige um planejamento cuidadoso e sustentável, levando em consideração as projeções climáticas futuras e adotando medidas para tornar as cidades mais resilientes diante dos eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. O momento é de aprender com os erros do passado e adotar soluções inovadoras e integradas para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

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