Lula defende liberdade de Assange e critica perseguição: “deveria ser premiado, não preso por revelar segredos dos poderosos”

Em uma declaração fervorosa neste domingo (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a libertação do renomado jornalista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks. Assange encontra-se atualmente detido no Reino Unido e é alvo de acusações de espionagem por parte dos Estados Unidos da América (EUA).

O líder brasileiro afirmou que Assange deveria ser reconhecido e premiado por expor os “segredos dos poderosos” ao invés de enfrentar a prisão. Lula expressou seu desejo de que a perseguição contra o jornalista seja encerrada e que ele recupere sua liberdade o mais rápido possível.

Julian Assange aguarda ansiosamente a decisão do Supremo Tribunal de Londres nesta segunda-feira (20), que poderá determinar sua extradição para os EUA. As acusações contra ele incluem 18 acusações com base na Lei de Espionagem dos EUA, podendo resultar em uma sentença de até 175 anos de prisão caso seja condenado.

As autoridades norte-americanas alegam que Assange colocou em risco a segurança nacional dos EUA ao revelar 250 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais, expondo crimes de guerra e abusos de direitos humanos ocorridos no Afeganistão e no Iraque.

A possível extradição de Assange tem gerado ampla crítica por parte de organizações de jornalistas e entidades de direitos humanos. A Anistia Internacional classifica a extradição como um “devastador” ataque à liberdade de imprensa, enquanto o ex-relator especial das Nações Unidas sobre Tortura, Nils Melzer, pediu aos EUA que desistam das acusações contra o jornalista.

A situação de Julian Assange tem gerado preocupação global, com especialistas e defensores dos direitos humanos alertando para as graves consequências que uma possível condenação poderia ter para a liberdade de imprensa em todo o mundo. A defesa da liberdade de expressão e do jornalismo investigativo torna-se fundamental diante deste caso.

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