Consumo excessivo de álcool pode reduzir expectativa de vida em até seis meses, aponta estudo publicado na revista científica The Lancet.

O consumo de bebidas alcoólicas, apesar de ser uma prática socialmente aceita, pode trazer sérias consequências para a saúde. O jargão “beba com moderação” não é apenas um lema, mas uma recomendação respaldada por pesquisas científicas que apontam os perigos do consumo excessivo de álcool.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet, que envolveu mais de 600 mil participantes, revelou que aqueles que bebiam o dobro do limite semanal recomendado pelo National Health Service, sistema britânico de saúde, tinham uma expectativa de vida seis meses mais curta. Isso evidencia a gravidade dos danos que o álcool pode causar à saúde.

Na Inglaterra, o consumo padrão de álcool foi estabelecido em 10 ml ou 8g de álcool puro, com um limite semanal de 140 ml por pessoa. Enquanto no Brasil, segundo dados do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), a dose padrão é de 14g de etanol puro, equivalente a 350 ml de cerveja.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade Peking identificou que o aumento no risco de doenças associadas ao consumo de álcool está presente em 61 diagnósticos, incluindo condições que não eram previamente ligadas à bebida alcoólica. Isso demonstra que o álcool pode ser um fator desencadeante para uma ampla gama de problemas de saúde.

Apesar de o estudo ser observacional, os pesquisadores afirmam que é possível estabelecer uma relação de causa e efeito entre o consumo de álcool e o surgimento de doenças, principalmente devido à análise genética realizada. Assim, é crucial conscientizar a população sobre os riscos do consumo excessivo de álcool e reforçar a importância de beber com moderação para preservar a saúde e a qualidade de vida.

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