Justiça britânica concede a Julian Assange possibilidade de novo recurso contra extradição aos EUA com garantias sobre seu tratamento.

A Justiça britânica concedeu a Julian Assange a oportunidade de apresentar um novo recurso contra sua extradição para os Estados Unidos. Nesta segunda-feira (20), os juízes do Reino Unido pediram às autoridades americanas garantias de que o fundador do WikiLeaks, de 52 anos, teria o direito de recorrer à Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão, e também de que não seria condenado à pena de morte.

Julian Assange enfrenta acusações nos Estados Unidos relacionadas à divulgação de documentos confidenciais por meio do WikiLeaks. Desde 2010, ele vive na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para os EUA. Em 2019, foi expulso da embaixada e preso pela polícia britânica.

O ativista australiano argumenta que as acusações contra ele são políticas e têm motivação para silenciar aqueles que denunciam práticas obscuras do governo. A decisão da Justiça britânica de permitir um novo recurso é vista como um pequeno passo na longa batalha legal de Assange.

A solicitação de garantias sobre seu tratamento nos EUA indica a preocupação com a possibilidade de ele enfrentar condições desumanas ou desproporcionais caso seja extraditado. A Primeira Emenda da Constituição americana é considerada crucial para a defesa de Assange, uma vez que ele argumenta estar agindo em prol da liberdade de imprensa ao revelar informações de interesse público.

O caso de Julian Assange gera debates sobre liberdade de expressão, direitos humanos e o papel dos ativistas na sociedade contemporânea. Enquanto a batalha jurídica continua, o mundo aguarda novos desdobramentos nesse caso que coloca em cheque a relação entre transparência e segurança nacional.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo