Navio-cargueiro Dali preso na baía de Baltimore após colisão com ponte Francis Scott Key será finalmente retirado

Após dois meses desde a colisão do navio-cargueiro Dali com a ponte Francis Scott Key, em Baltimore, nos Estados Unidos, finalmente a enorme embarcação será retirada da baía onde estava presa. O incidente ocorreu em 26 de março e desde então o navio permanecia preso no local, com parte da estrutura da ponte tendo que ser implodida para liberar o tráfego marítimo. As autoridades locais consideram o procedimento de retirada do navio como “complexo”.

O Comando Unificado, formado por agências locais e federais, divulgou um comunicado informando que o navio estava sendo preparado para ser reflutuado durante a maré alta desta madrugada. O sequenciamento da operação de reflutuação e trânsito foi projetado de forma a garantir o controle de todo o pessoal de resposta durante todo o procedimento.

A primeira etapa consiste na avaliação de engenheiros, que planejam liberar algumas das âncoras e linhas de amarração ainda presas ao navio, além de remover parte ou todo os 4,7 milhões de litros de água que foram bombeados para compensar o peso removido pela implosão da ponte. Uma vez livre dos destroços e em mar aberto, o Dali será escoltado por cinco rebocadores por quatro quilômetros até um porto local, com velocidade máxima de menos de dois quilômetros por hora.

O acidente causou a morte de seis trabalhadores da construção civil e paralisou o acesso ao Porto de Baltimore. Um vídeo divulgado mostra o momento em que a estrutura de ferro presa à proa do navio é explodida e cai na água. A reabertura total do canal principal do rio Patapsco e a retomada do acesso ao porto estão previstas para o fim de maio.

A implosão da ponte foi realizada com a colocação de pequenos dispositivos em toda a extensão da estrutura, acionados após serem cobertos com um tipo de adesivo. Durante a ação, a embarcação permaneceu com 20 tripulantes a bordo para mantê-la operacional. A ponte Francis Scott Key, inaugurada em 1977, é uma importante via local que cruza o rio Patapsco. Quando inaugurada, os custos de construção totalizaram cerca de US$ 141 milhões, equivalente a aproximadamente US$ 735 milhões em valores atuais.

A embarcação, operada pela Synergy Group, transportava carga da Maersk, gigante da navegação, e era operada pela Grace Ocean Investment. A embarcação tinha dois timoneiros a bordo e, embora não esteja claro o total de tripulantes, a empresa confirmou que todos foram contabilizados. O processo de retirada do navio segue em andamento, com uma operação complexa, mas que visa resguardar a segurança de todos os envolvidos e restabelecer a normalidade no acesso marítimo à região de Baltimore.

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