Presidente do Irã, ultraconservador Ebrahim Raisi, morre aos 63 anos em acidente de helicóptero em área remota do país.

O Irã está de luto com a confirmação da morte do presidente do país, Ebrahim Raisi, aos 63 anos, em decorrência da queda de um dos helicópteros de seu comboio presidencial no último domingo (19). O acidente ocorreu em uma região remota do país e mobilizou equipes de resgate em meio a condições climáticas desfavoráveis, como neblina espessa e mau tempo.

Vídeos compartilhados nas redes sociais e veiculados pela mídia local mostram o resgate dos corpos pelas equipes iranianas. Foram necessárias pelo menos 12 horas de trabalho para finalizar a operação de resgate, com previsão de mais chuvas e frio intenso na região, o que dificultou os esforços.

Inicialmente, a agência de notícias oficial IRNA havia indicado que o acidente seria um “pouso forçado”, mas posteriormente uma autoridade confirmou à agência Reuters que a vida do presidente estava em risco após a queda do helicóptero. A morte de Raisi foi oficialmente anunciada pelo vice-presidente Mohsen Mansouri em suas redes sociais, depois de liderar uma reunião de emergência do gabinete.

O governo iraniano prestou condolências ao líder supremo, Ali Khamenei, e à nação, garantindo que continuará operando sem interrupções. Raisi era um líder ultraconservador acusado de envolvimento em execuções em massa de prisioneiros políticos nos anos 1980. Nascido em 1960 em Mashhad, o presidente seguiu os passos de seu pai, clérigo, e entrou no seminário aos 15 anos.

Ao longo de sua trajetória, Raisi ocupou cargos importantes no Judiciário iraniano e foi treinado pelo aiatolá Ali Khamenei. Sua morte deixa uma lacuna no cenário político do país e abre espaço para especulações sobre seus potenciais sucessores. O Irã está em luto pela perda de seu presidente e aguarda os desdobramentos dessa tragédia inesperada.

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