Segundo a investigação conduzida pelo promotor do TPI, Israel estaria privando sistematicamente a população civil de Gaza de itens essenciais à sobrevivência humana, como alimentos, medicamentos e água potável. O cerco imposto ao enclave palestino e os cortes no fornecimento de eletricidade foram apontados como parte de um plano para utilizar a fome como ato de guerra, com o intuito de punir coletivamente a população civil de Gaza, vista como uma ameaça por Israel.
Além disso, Khan acusou Netanyahu e Gallant de outros crimes de guerra, como ataques contra civis, obstrução da ajuda humanitária e assassinatos de trabalhadores humanitários. Também foram pedidos mandados de prisão para líderes do Hamas, como Yahya Sinwar e Ismael Haniyeh, pelos supostos crimes cometidos no ataque contra Israel em 7 de outubro.
Diante dessas acusações, o promotor ressaltou a importância de parar as intimidações contra o trabalho do tribunal e assegurou que não hesitará em agir contra qualquer tentativa de influenciar indevidamente os funcionários do TPI. Ele destacou a necessidade de aplicar a lei de forma igual para todos e reforçou que o direito humanitário internacional deve ser respeitado por todos os países.
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores de Israel considerou a decisão do promotor do TPI como ultrajante e prometeu criar estratégias para lutar contra essa determinação. No entanto, Karim A. A. Khan KC ressaltou a importância de garantir que as acusações apresentadas sejam analisadas de forma imparcial, demonstrando que a corte internacional aplica a lei de forma equitativa para todos.
Dessa forma, as denúncias apresentadas pelo promotor do TPI revelam um cenário complexo e delicado envolvendo Israel, o Hamas e a população civil de Gaza, ressaltando a necessidade de justiça e respeito ao direito humanitário internacional.