Segundo a porta-voz, a data definida para a sessão plenária que aprovará a lei já está marcada. Os partidos independentistas catalães tinham solicitado a aprovação da norma ao presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, como condição para apoiar sua candidatura.
Para que a lei seja aprovada de forma definitiva, os deputados apoiadores terão que derrubar o veto imposto pelo Senado, que é dominado pelos conservadores, à norma previamente aprovada pelo Congresso.
A lei, intitulada “proposição da Lei Orgânica de Anistia para a normalização institucional, política e social na Catalunha”, é vista como uma oportunidade de beneficiar Carles Puigdemont, ex-chefe do governo catalão em 2017. Na época, Puigdemont se refugiou na Bélgica para evitar a justiça espanhola após o fracasso da tentativa de secessão.
Embora muitos de seus colegas tenham sido presos e posteriormente libertados pelo governo de Pedro Sánchez, Puigdemont permaneceu foragido e agora aguarda a anistia prometida pelo presidente espanhol em troca de apoio político. A proposta, considerada por Sánchez como um “passo corajoso e necessário para o reencontro”, já foi aprovada em primeira instância pelos deputados em março deste ano.
Portanto, a expectativa é de que a lei de anistia para os independentistas catalães seja aprovada sem maiores dificuldades no Congresso dos Deputados da Espanha, reforçando a narrativa de reconciliação política e social na região da Catalunha.