Enel terá que provar investimentos ou deixar o Brasil, enfatiza ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Na tarde desta terça-feira (21), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez duras declarações em relação à Enel no Brasil. Ele afirmou que a empresa terá que comprovar que está disposta a mudar, realizar investimentos e melhorar a qualidade do fornecimento de energia, caso contrário, será obrigada a deixar o país.

De acordo com Silveira, a Enel precisará demonstrar de maneira inequívoca que está disposta a investir nas três distribuidoras do grupo localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Caso não cumpra os requisitos exigidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a empresa estará sujeita a punições severas, que incluem intervenção e revogação da concessão.

“Estamos aproveitando o momento da renovação das concessões para exigir que a Enel se adapte às novas regras. Não podemos tolerar uma empresa que não esteja disposta a melhorar seus serviços”, afirmou o ministro em entrevista coletiva.

Além disso, Silveira destacou que o governo publicará, na próxima semana, um decreto com as diretrizes para a renovação das concessões de 20 distribuidoras de energia elétrica. Ele ressaltou a importância de estabelecer mecanismos mais rigorosos em relação à qualidade dos serviços prestados pelas empresas do setor.

Em relação aos contratos mais antigos, que expiram a partir de 2025, o ministro enfatizou a necessidade de adotar medidas mais rígidas, a fim de garantir o cumprimento dos compromissos assumidos pelas distribuidoras. Silveira afirmou que o governo não hesitará em intervir caso as empresas não atendam aos requisitos exigidos.

Para reforçar o compromisso com a melhoria dos serviços de energia elétrica, Silveira acompanhou o embarque de equipes de técnicos da Light e Enel Rio para o Rio Grande do Sul, onde auxiliarão na recomposição das instalações subterrâneas danificadas por eventos climáticos extremos.

Diante desse cenário, a Enel precisará demonstrar um comprometimento sério com a qualidade do fornecimento de energia no Brasil, sob o risco de perder suas concessões e espaço no mercado energético nacional. O setor aguarda com expectativa as próximas ações da empresa para melhorar sua atuação no país.

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