O procurador-chefe do TPI, Karim Khan, apresentou os pedidos de mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e os líderes do Hamas, Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh. Eles foram acusados de crimes de guerra e contra a Humanidade durante um ataque a Israel e a subsequente invasão de Gaza.
Essa decisão gerou críticas tanto de autoridades israelenses quanto do grupo palestino Hamas. O ministro da Defesa israelense condenou a ação do TPI, enfatizando que não há equivalência entre o Hamas e Israel. Por sua vez, o Hamas afirmou que os mandados deveriam se restringir aos líderes israelenses envolvidos em crimes contra o povo palestino.
Países como Estados Unidos e Alemanha também se manifestaram contra a tentativa de responsabilização das autoridades de Israel. O presidente dos EUA, Joe Biden, classificou a medida como ultrajante e rejeitou qualquer equação entre Israel e o Hamas. Mesmo países integrados ao TPI criticaram a iniciativa, argumentando que ela criou uma impressão incorreta ao igualar os dois lados do conflito.
Essa controvérsia ressalta a complexidade das relações diplomáticas internacionais, especialmente em conflitos tão sensíveis como o conflito entre Israel e o Hamas. A posição da França a favor do TPI destaca seu compromisso com os valores da justiça internacional e a promoção dos direitos humanos em meio a um cenário de crescente tensão e polarização no Oriente Médio.