Ao longo de seus quase seis meses no cargo, Milei difamou diversos líderes de esquerda na região, incluindo Sánchez, o que acabou desencadeando uma série de atritos. Durante uma visita à Espanha, o líder ultradireitista argentino acusou Begoña Gómez, esposa do presidente do governo espanhol, de ser “corrupta”, sem mencionar diretamente seu nome. Essas acusações levaram a Espanha a retirar seu embaixador na Argentina de forma definitiva.
Milei não poupou críticas nem mesmo ao presidente Sánchez, a quem chamou de “covarde” e fez duras considerações sobre sua postura política. Essa situação gerou um clima de tensão entre os dois países e tornou-se o último embate de uma série de confrontos protagonizados pelo presidente argentino contra líderes de outras nações.
A atitude de Milei, que se autodenomina “anarcocapitalista”, tem sido motivo de controvérsia e críticas, tanto dentro quanto fora da Argentina. Sua postura agressiva em relação a outros líderes e sua agenda ideológica têm sido questionadas por especialistas em política internacional, que apontam para a falta de uma estratégia clara por trás de suas ações.
Apesar de suas tentativas de se posicionar como uma figura global, Milei ainda não obteve resultados significativos em termos de investimentos para a Argentina durante suas viagens ao exterior. Sua postura errática e seu comportamento diplomático caótico têm levantado preocupações, com críticos apontando para os riscos de uma política externa conduzida de forma amadora e desorientada.
Neste cenário, a crise com a Espanha se destaca como um dos episódios mais emblemáticos da conturbada gestão de Milei, que parece carecer de uma visão estratégica de longo prazo, relegando os interesses do país a uma posição secundária diante de suas convicções ideológicas e confrontos políticos. A incerteza sobre os rumos da diplomacia argentina e sua posição no cenário internacional continuam despertando preocupações entre os observadores políticos.
