Enquanto os turistas contemplam essa paisagem, os agricultores locais impactados pelo aterro sanitário se esforçam para conscientizar sobre a importância da preservação do meio ambiente. Raul Rivera, um fazendeiro com suas filhas Paola e Andrea, recebem os visitantes e os conduzem por uma exploração educativa do aterro de 700 hectares. Ali, eles ensinam sobre a importância de cuidar das fontes de água e compartilham produtos lácteos feitos a partir do leite de vacas que pastam nas proximidades do terreno de resíduos.
Paola destaca que a iniciativa de conscientização ambiental é vista como um ato de resistência contra a contínua expansão do aterro, que já está afetando cerca de 5.000 moradores dos bairros vizinhos. A líder de um grupo de estudantes e professores ressalta a luta da comunidade local para impedir que o lixo se sobreponha às suas casas e território.
A batalha entre os agricultores e o aterro sanitário representa uma disputa desigual em uma das maiores metrópoles da América Latina, com seus oito milhões de habitantes. Andrea, uma das filhas de Raul, que nasceu no mesmo ano em que o aterro foi estabelecido, descreve o local como uma “montanha de lixo” que lentamente está se sobrepondo aos bairros circundantes de Mochuelo Alto e Mochuelo Bajo.
Em meio aos esforços da associação Mirachuelo Ecoambiental, formada por 12 famílias, incluindo os Riveras, para educar sobre o cuidado com o planeta, os turistas testemunham de perto os danos causados pelo lixo produzido em Bogotá. Uma turista observa com tristeza a transformação gradual da paisagem em um território árido e com odores estranhos.
Diante das preocupações ambientais e da contaminação do rio Tunjuelito devido à presença do aterro sanitário, a luta pela preservação do meio ambiente continua. A conscientização sobre a importância de reduzir a geração de lixo e proteger o planeta torna-se cada vez mais urgente, não apenas em Bogotá, mas em todo o mundo.