Argentina rejeita pedido de prisão contra Netanyahu e ministro da Defesa de Israel por supostos crimes de guerra

Nesta quarta-feira, o governo argentino se pronunciou sobre a decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) de solicitar a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e de seu ministro da Defesa. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina rejeitou veementemente a equiparação feita pelo procurador entre as autoridades legítimas de um Estado democrático e os líderes de uma organização terrorista.

O procurador do TPI, Karim Khan, pediu ordens de prisão contra Netanyahu e seu ministro Yoav Gallant por supostos crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo o “matar deliberadamente civis de fome”, “homicídio intencional” e “extermínio e/ou assassinato” na Faixa de Gaza. Além disso, Khan também solicitou ordens de prisão contra três líderes do movimento palestino Hamas por crimes como “extermínio”, “estupro e outros atos de violência sexual” e “tomada de reféns como crime de guerra” em Israel e Gaza.

O governo argentino enfatizou que a decisão do procurador coloca em xeque o direito à legítima defesa exercido por Israel e dificulta os esforços para conseguir a libertação dos reféns ainda nas mãos do Hamas, bem como a chegada de ajuda humanitária e uma solução de longo prazo para a crise na região.

A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza começou em outubro, resultando na morte de mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo dados oficiais israelenses. Mais de 250 pessoas foram capturadas e 124 permanecem sequestradas em Gaza.

O presidente argentino, Javier Milei, reafirmou o alinhamento geopolítico do país com os Estados Unidos e Israel, oferecendo solidariedade “inabalável” a Israel. Milei já demonstrou proximidade com Israel, visitando o país e recebendo o prêmio de “Embaixador da Luz” da comunidade judaica.

Diante desse cenário, a comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos desse conflito, buscando soluções para uma paz duradoura na região.

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