Candidato da AfD proibido de participar de campanha após declarações sobre SS provoca ruptura com partido de extrema direita da França

O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) causou polêmica ao proibir o seu principal candidato às eleições europeias, Maximilian Krah, de participar em eventos de campanha. A decisão foi tomada após declarações controversas de Krah sobre a organização nazista SS.

Maximilian Krah, que ocupa o topo da lista do partido para as eleições do Parlamento Europeu, anunciou que deixará a direção do partido. Em suas palavras, ele afirmou: “A última coisa que precisamos agora é um debate sobre mim … É por isso que renuncio de hoje em diante a qualquer aparição na campanha eleitoral e deixo o meu posto como membro do gabinete federal”.

Apesar de sua renúncia, Maximilian Krah continua sendo a principal opção da AfD para as eleições europeias, pois é tarde demais para substituí-lo. A controvérsia que levou à sua saída envolveu uma declaração feita ao jornal italiano La Reppublica, na qual ele afirmou que um membro da organização nazista SS “não é automaticamente um criminoso”.

Essa declaração provocou o rompimento da parceria entre a AfD e o principal partido de extrema direita da França, Ressemblement National, resultando na separação de assentos no Parlamento Europeu. Não é a primeira vez que Maximilian Krah se envolve em polêmicas. Nas últimas semanas, ele foi associado a diversos escândalos, e um de seus assistentes foi preso sob a acusação de ser um agente chinês.

Apesar das controvérsias, a AfD mantém uma parcela considerável de intenções de voto para as eleições europeias, com 15% das preferências. Embora esse número seja menor do que os 23% alcançados no final de 2023, o partido ainda se encontra em uma posição melhor do que nas eleições anteriores, quando obteve 11% dos votos. A situação promete ser desafiadora para a AfD nesse pleito, e resta aguardar os desdobramentos das próximas semanas.

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