O chefe da comissão anticorrupção, Santiago Palomo, destacou que se trata de um assunto extremamente sensível que requer diligência na investigação. Ele ressaltou a gravidade da situação, apontando que o Ministério de Comunicações é um ambiente de impunidade, o que torna a dignificação dos funcionários um desafio significativo.
Embora a existência dessa rede tenha sido divulgada pela mídia local em 2018, durante o governo do ex-presidente Jimmy Morales, somente agora foi revelada novamente após a demissão da ministra das Comunicações, Jazmín de la Vega, por não cumprir os prazos de pagamento a algumas construtoras.
De la Vega afirmou que havia feito uma denúncia ao presidente em janeiro, logo no início de sua gestão, mas suas alegações foram ignoradas. O presidente Bernardo Arévalo garantiu que a denúncia está sob responsabilidade da Comissão Nacional Contra a Corrupção, que foi criada para combater a corrupção no país.
O chefe da comissão anticorrupção informou que a ex-ministra mencionou que as pessoas envolvidas na suposta rede estavam ligadas a uma unidade do Ministério de Comunicações, sem esclarecer completamente suas funções. Há indícios de que existia um catálogo distribuído entre os envolvidos na rede, o que é visto como algo lamentável e triste.
A comissão solicitou um relatório à unidade do Ministério de Comunicações envolvida no caso, a fim de esclarecer as ações tomadas contra essa máfia que supostamente operava nas administrações anteriores. As acusações são consideradas graves e, se comprovadas, representam uma violação dos direitos humanos e um exemplo trágico da corrupção no Estado guatemalteco.
A situação é vista como alarmante, degradante e repugnante, e a comissão espera que o ministério envolvido forneça explicações detalhadas sobre o ocorrido, identificando as pessoas afetadas e os possíveis responsáveis por se beneficiarem da rede de tráfico de pessoas.