Comissão de Direitos Humanos aprova proposta que exclui o BPC do cálculo do Bolsa Família para famílias vulneráveis, decisão segue para próxima comissão.

Nesta quarta-feira (22), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou um projeto de lei que propõe a exclusão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do cálculo da renda familiar utilizada como critério para a participação no Programa Bolsa Família. O texto, de autoria do senador Flávio Arns (PSB-PR), recebeu parecer favorável do senador Romário (PL-RJ) e seguirá agora para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

O PL 3.619/2023 busca modificar a Lei do Bolsa Família para impedir que o benefício do BPC seja considerado na renda familiar, a fim de evitar que famílias sejam penalizadas por terem um membro com deficiência. Segundo Arns, o BPC é um benefício e não deveria ser contabilizado como renda, pois é destinado a pessoas com deficiência e idosos que não possuem meios de sustento.

Romário destacou a importância do BPC como um benefício assistencial que visa amparar pessoas com custos de saúde mais elevados. Para o senador, negar o Bolsa Família com base na inclusão do BPC na renda familiar prejudicaria aqueles que já enfrentam desigualdades.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) também se pronunciou sobre o projeto, demostrando apoio à exclusão do BPC do cálculo da renda familiar. Ela ressaltou que é indigno manter uma criança com deficiência com apenas um quarto de salário mínimo, defendendo que o valor do BPC seja equiparado a meio salário mínimo.

A proposta foi elogiada pelos parlamentares presentes na reunião da CDH, que concordaram que é necessário garantir uma renda mínima para famílias com integrantes com deficiência, sem que isso prejudique sua participação em programas sociais. O projeto agora aguarda análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde deverá ser discutido mais amplamente antes de seguir para votação em plenário.

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