O dólar comercial encerrou o pregão desta quarta-feira (22) cotado a R$ 5,156, com um acréscimo de R$ 0,04 (+0,78%). No pico do dia, aproximadamente às 11h45, a moeda dos Estados Unidos chegou a ser comercializada a R$ 5,16. Mesmo havendo uma pequena desaceleração durante o período da tarde, a cotação voltou a ultrapassar os R$ 5,15 após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano).
Com o desempenho observado nesta quarta-feira, o dólar alcançou seu maior valor desde o dia 13. Apesar da alta registrada hoje, a moeda apresenta uma queda de 0,71% no mês de maio e um aumento de 6,24% ao longo de 2021.
No que diz respeito ao mercado de ações, o dia também foi marcado por tensões. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sessão com 125.650 pontos, representando uma queda de 1,38%. Este resultado mostra que o indicador atingiu o menor patamar desde o dia 25 de abril.
A turbulência nos mercados foi desencadeada pela ata da última reunião do Fed, que indicou a possibilidade de aumento das taxas de juros na maior economia do mundo, caso a situação da inflação nos Estados Unidos se deteriore. Essas informações, aliadas à mensagem de que será necessário um tempo prolongado para que a inflação retorne ao patamar de 2% ao ano, geraram impactos nos mercados globais.
O movimento de fuga de investimentos de países emergentes, como o Brasil, em direção aos títulos do Tesouro norte-americano – considerados ativos mais seguros – causou o fortalecimento do dólar em relação a outras moedas de economias em desenvolvimento.
Dessa forma, o cenário econômico internacional continua a passar por momentos de instabilidade, influenciados por fatores macroeconômicos e decisões de política monetária nos Estados Unidos. Este contexto desafia os investidores e agentes financeiros a tomarem decisões estratégicas em meio a um ambiente volátil e imprevisível.